quinta-feira, 18 de junho de 2015

A ASSOCIAÇÃO DOS OSTOMIZADOS DE BRASÍLIA É ENTREVISTADA PELO CORREIO BRAZILIENSE.

A nosso Associação AOSB teve a honra de após muito tempo de anonimato, perante a mídia, ser entrevistada pelo destacado jornal local Correio Brasiliense, na pessoa da sua Presidente Nilza de Fátima Fonseca, no dia 24 de abril de 2015. Confira abaixo a matéria!!

MEDICINA

Esperança junto ao corpo

Certos procedimentos, sobretudo no intestino, levam as pessoas a conviver com uma bolsa coletora. O acessório exige um período de adaptação, mas seu uso pode se reverter em qualidade de vida

 

No primeiro momento, vem a rejeição. Ter uma bolsa coletora parece uma medida constrangedora e desagradável. Mas, depois, a resistência inicial é trocada por um sentimento bem diferente: a gratidão. “Nós até a chamamos de bolsa da vida”, define Guilherme Caetano Lucas, vice-presidente da Associação dos Ostomizados de Brasília (Aosb). O objeto é obrigatório para quem tem um ostoma abdominal — uma abertura que liga o intestino ou o sistema urinário ao ambiente externo. O órgão afetado não pode ser controlado voluntariamente, por isso a necessidade de um recipiente coletor.

Qualquer pessoa pode vir a precisar do procedimento de ostomia (ou estomia). As causas são variadas. “As principais são o câncer e doenças inflamatórias, como uma diverticulite aguda operada em emergência”, destaca o proctologista Fernando Lyrio. Ele acrescenta que a ostomia, em algumas situações, é usada no pós-operatório de cirurgias no intestino e tem papel protetor. Ela facilita a cicatrização e evita infecções. Outras causas são traumatismos decorrentes de acidentes e má-formação congênita. A intervenção é temporária ou permanente, a depender da normalização das funções do reto. Quando ele não funciona de forma adequada e precisa ser removido, a ostomia é definitiva. “Felizmente, a maioria dos casos é reversível”, afirma o especialista.

Presidente da Aosb, Nilza Fonseca, 59 anos, passou por uma colostomia (ver quadro) devido ao diagnóstico de doença de Chron, condição crônica de inflamação no intestino. Os sintomas mais comuns são dor abdominal intensa e diarreia. Apesar do sofrimento, ela conta que não aceitava a possibilidade de usar uma bolsa coletora. “Eu dizia que preferia morrer a passar por uma ostomia. Mas, quando vi que ia morrer mesmo, eu tive que fazer”, relata. Com o procedimento, ela retomou a qualidade de vida e mudou completamente de opinião. “Hoje, eu estou superbem. É como se eu não tivesse nada. Faço academia, dança de salão, viajo, vou à praia”, diz, animada.

Zuleika de Souza/CBD.A. Press

No entanto, os primeiros dois anos foram difíceis, pois o procedimento foi realizado de forma errada, a ostomia estava mal posicionada. Ela teve complicações, um prolapso (intestino exageradamente para fora) e fístulas (feridas profundas ou úlceras no trato intestinal). “Eu vivia internada, perdi bastante peso e sentia muita dor. A situação me deixava muito triste. Eu sempre fui vaidosa, mas estava usando vestidos enormes para me esconder”, descreve. Os problemas foram resolvidos com a realização de uma nova ostomia, desta vez bem-sucedida. “Foi o que trouxe a minha autoestima de volta”, afirma Nilza.

Além de prolapso e fístulas, outras complicações podem ocorrer, como a estenose (estreitamento do ostoma) e a dermatite periestoma. Esta última ocorre quando a abertura da bolsa coletora é de tamanho inadequado. “As bolsas têm que ser cortadas no diâmetro perfeito. Caso contrário, as enzimas digestivas e outras secreções vão atingir a pele, provocando dor e possíveis infecções”, afirma o proctologista Fernando Lyrio.

Segundo a estomaterapeuta (enfermeira especializada em estomia) Ana Lúcia da Silva, três fatores fundamentais para uma boa recuperação. “O apoio dos familiares, o suporte dos profissionais e o acesso a material de qualidade e em quantidade suficiente”, lista Ana Lúcia, que também é professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Brasília. O hospital universitário tem um serviço de atendimento cujo foco é a reinserção social dos pacientes. “Eles podem sentir vergonha e passar por constrangimentos. Acabam deixando de sair de casa e ficam em isolamento”, lamenta. Na verdade, levando em consideração alguns cuidados, a vida do ostomizado seguirá com qualidade.

Sem dúvida, a alimentação dessa pessoa deverá ser saudável, com restrição a refeições que provoquem diarreia, constipação e gases. Os exercícios físicos podem ser praticados, desde que não envolvam esforço excessivo nos músculos abdominais. Também é preciso evitar colisões ou traumas na área do ostoma. O apoio de uma equipe de diferentes profissionais é um fator importante, podendo incluir estomaterapeutas, nutricionistas ou nutrólogos, psicólogos e um médico especializado na área de realização do ostoma. A estomaterapeuta Thais Salimbeni incentiva o contato com pacientes ostomizados já adaptados à nova rotina. “O iniciante vê que é possível ter uma vida normal”, afirma Thais, que também é assessora técnica de uma empresa de materiais para ostomia.

Ela destaca que a sexualidade é outro tema importante no processo de adaptação. Em alguns casos, a lesão danifica a região genital/reprodutora. Mas, de modo geral, isso não ocorre e as limitações são poucas. “Tentamos mostrar que a sexualidade não é só o ato sexual em si — tem o lado da troca de carinho, do diálogo. E as pessoas podem usar a criatividade, usar uma cinta, lingeries diferentes”, recomenda.

“Não é muito bonito ou erótico, mas a sexualidade não está ligada somente ao corpo. É possível se relacionar normalmente, não precisa se privar de uma vida afetiva e íntima”, opina Guilherme Caetano, 42 anos. Ele tem uma ileostomia há cerca de dois anos, quando teve uma doença inflamatória no intestino chamada de retocolite ulcerativa. Ele conta que a ostomia foi um incentivo para dar mais atenção à saúde e sair de uma vida sedentária. Ele caminha e faz alongamentos regularmente. Um dos motivos para manter a boa forma é ter melhor aderência da bolsa, o que é mais difícil com a obesidade.

Guilherme também acredita que a imagem sobre si mesmo tem um papel fundamental na recuperação. “As pessoas com melhor autoestima são as mais motivadas, colaboram com o tratamento e encaram a situação com mais facilidade. É preciso focar no que você é capaz e não na limitação ”, afirma. O processo de se aceitar e se recuperar é mais fácil com informação e apoio. “Quando a pessoa está preparada psicologicamente, tem uma cirurgia benfeita e uma bolsa de qualidade, tudo ajuda a ter uma qualidade de vida melhor”, considera Nilza Fonseca.

Ainda assim, ela admite que sente um pouco de constrangimento. “É algo muito íntimo, as pessoas não gostam de ver. Tive muito apoio do meu marido e das minhas filhas, mas evito trocar a bolsa na frente deles.” Ela acredita que as mulheres têm mais criatividade na hora de lidar com a ostomia. Damaris Moraes, 50 anos, é um exemplo. Ela escreveu a cartilha Mulher com ostomia: você é capaz de manter o encanto.

Entre outras orientações, ela mostra que é possível ser fashion, com dicas para customizar a bolsa coletora e ideias do que vestir na praia e nas situações cotidianas. Damaris conta que foi diagnosticada aos 20 anos com retocolite ulcerativa. Com o passar do tempo, o caso se agravou e parou de responder ao tratamento medicamentoso. “Eu tinha dor, diarreia o dia todo, perdia muito sangue.” A ostomia veio aos 35 anos, quando ela já não conseguia nem se levantar da cama.

“Quando o médico me falava da ostomia, eu pensava que a minha vida ia acabar, que o meu marido ia me largar. Mas a aceitação dele foi anterior à minha. O olhar dele sobre mim foi muito amoroso e ele não perdeu o desejo por mim”, descreve. Ela acredita que, quando a pessoa passa por uma doença grave, a aceitação da bolsa ocorre com mais facilidade. “O paciente fica aliviado de não sentir mais dor. Eu estava muito doente e comecei a ficar bem.”

Assim, ela se adaptou rápido. “Eu resolvi que precisava lidar com aquilo da melhor maneira possível.” Uma enfermeira notou a evolução dela e começou a convidá-la para conversar com outros pacientes. “Eu resolvi tirar várias fotos e fazer um álbum para a enfermeira mostrar aos demais pacientes.” Daí surgiu o incentivo para escrever a cartilha, que, este ano, ganhou uma sétima edição em formato de livro.

Damaris acredita que as informações são importantes para ajudar a diminuir o preconceito sobre o tema e aumentar a confiança dos pacientes. Ela afirma que a autoestima está muito relacionada com a forma como vemos as pessoas e nos identificamos com elas. “As mulheres se veem bonitas quando veem outras com ostomia se divertindo e vestindo roupas legais”, afirma.

Ela também faz um trabalho voluntário de visitar os pacientes que precisam da ostomia. Ela diz que se motivou após ouvir o depoimento de uma esposa, na Associação de Ostomizados de Goiás, estado onde mora. “Ela me disse: ‘Se o meu marido tivesse conhecido vocês antes, ele não estaria morrendo hoje. Ele disse que preferia morrer do que ter uma bolsa de fezes’”, relata. O contato com os pacientes a estimulou a estudar psicologia. Ela está no último ano do curso. Damaris era professora de inglês, mas foi aposentada por invalidez. Um de seus planos é voltar a trabalhar, já que sente apta para isso.

Na cartilha, um conselho se sobressai: “Uma coisa que todos temos em comum: queremos ser aceitos, inclusive por nós mesmos. Nossa imagem corporal mudou e, cá entre nós, não ficamos com abdomens mais bonitos, isso é um fato. Mas, foi por uma boa causa, isso é também é um fato. Quando chegamos nesse ponto, estamos prontos a tirar o melhor partido possível da nossa realidade”.

Um longo período de provação

Dezenove anos sem sair de casa. Enquanto muitas pessoas têm dificuldade em aceitar a bolsa coletora, ela era um sonho para Ivanildo Silva. Não existia material adequado para o caso dele, que precisou contar apenas com curativos. Eles precisavam ser trocados com frequência, a cada duas ou três horas, o que o impossibilitava de sair e até de dormir com tranquilidade. O problema foi iniciado após repetidas crises de apendicite, que provocaram uma infecção generalizada. Foram 11 meses de internação, três deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Eu pensei que ele não escaparia, mas preferi acreditar em um milagre”, admite a mãe, Maria do Carmo de Souza, 70 anos. Uma enfermeira perguntou se ela era religiosa, pois aquele era o momento de chamar um padre. E assim Ivanildo recebeu uma extrema-unção.

Ele perdeu metade do intestino e, no pior momento, teve 18 fístulas no corpo. As feridas expostas que não cicatrizavam impediam que a bolsa coletora se fixasse na pele. Quando finalmente saiu do hospital, pesava 44kg, com 1,72m de altura. “Isso me afetou muito psicologicamente. Eu senti depressão, estresse, angústia. E sofri muitas perdas”, conta. Aos 24 anos, ele precisou deixar o emprego como comerciante e perdeu a noiva, mas faz questão de defendê-la. “Ela está totalmente perdoada, a minha situação era muito crítica”, afirma.

Mesmo um simples copo de água provocava desconforto. As fístulas vazavam com facilidade o líquido do intestino e provocavam ardência. “Cheguei a pensar que mais valia a morte do que a vida. Eu não vivia sem a bolsa, só sobrevivia”, define Ivanildo. Para enfrentar os problemas, ele buscou a religião. “Eu dobrei o joelho e pedi muita força.” Ele acredita que, para superar uma situação de dificuldade, o primeiro lado a ser fortalecido é o espiritual. “Se a mente e o espírito não estiverem bem, o corpo não reage”, opina.

Há dois anos, um estomaterapeuta trouxe a boa notícia de que existia uma bolsa adequada para o caso dele. Foram quatro meses de tentativas e visitas de especialistas de vários estados até encontrar o modelo certo. Ele ainda precisou esperar quatro meses para ter confirmado pela Justiça o direito de receber os materiais, que não eram fornecidos pelo sistema público de saúde.

O primeiro sono com a bolsa trouxe uma sensação que ele tinha esquecido. “Depois de 19 anos, eu consegui dormir uma noite direito”, conta. Ele guarda um sentimento de profunda gratidão aos profissionais que o acompanharam. “Por tudo que eles fizeram por mim, hoje eu tenho vontade de viver. Não vou desistir, é uma questão de ser grato e reconhecer todo o tratamento que recebi”, afirma. Agora, com 45 anos, ele pode se alimentar melhor e até se preocupa em manter o peso. Acorda cedo, às 6h, e logo faz uma caminhada de 8km, além de se exercitar nas academias comunitárias ao ar livre. Também tem um hobby: cuidar de um peixe beta azul-escuro. Ivanildo conta que o indicado é oferecer apenas três bolinhas de ração, mas ele, que passou tanto tempo sem poder comer direito, não consegue dar tão pouco alimento. Ivanildo se solidariza com a situação do peixinho. De certa forma, ele sabe como é viver em um aquário.

Tipos de ostomia

A palavra estoma (ou ostoma) tem origem grega, stóma, e significa boca. Assim, a ostomia representa vários tipos de abertura de um órgão para o exterior. Exemplos são a traqueostomia, realizada na traqueia para permitir a passagem de ar; e a gastrostomia, realizada no estômago para permitir a chegada de alimentos por uma sonda. As variações que precisam de uma bolsa coletora são as seguintes:

» Ileostomia: comunica o intestino delgado com o exterior. Elimina fezes líquidas e funciona várias vezes ao dia. Normalmente, localiza-se na parte inferior direita do abdômen.

» Colostomia: comunica o intestino grosso com o exterior. Elimina fezes mais consistentes e funciona poucas vezes ao dia. Pode ser localizada em vários locais do abdômen.

» Urostomia: comunica o aparelho urinário com o exterior. Elimina urina continuamente em forma de gotas.

Saiba mais

» As bolsas coletoras e outros materiais associados (como a pasta ou pó de proteção da pele) são fornecidos gratuitamente nos hospitais públicos. Os planos de saúde também são obrigados a fornecer esses equipamentos.

» Desde 2004, a ostomia é considerada uma deficiência física. Tal condição garante o acesso a alguns direitos, como acesso preferencial em filas e isenção de certos impostos. No entanto, os benefícios dependem das características de cada caso, como a incapacidade para voltar ao trabalho, a renda, a causa do procedimento, entre outros fatores. Para conhecer os direitos, é importante consultar uma associação de ostomizados ou um advogado.

» Em 2007, foi criado o Dia Nacional dos Ostomizados: 16 de novembro. Em 2014, houve outra conquista: a aprovação do símbolo nacional da pessoa ostomizada, que deve ser colocado de forma visível em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e uso pelas pessoas com essa característica. Um dos principais objetivos é identificar os banheiros adaptados para o esvaziamento da bolsa coletora, que contam com uma ducha, uma bancada e um vaso sanitário menor e mais alto.

» Não existe um número oficial de pessoas com ostomia no Brasil. “Essa, inclusive, é uma reivindicação nossa. Saber esse número ajudaria a subsidiar as políticas públicas”, afirma Candida Carvalheira, atual tesoureira e ex-presidente da Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso). Baseando-se nas associações brasileiras, a Abraso estima que existam pelo menos 150 mil ostomizados. “Mas acreditamos que essa quantidade seja maior. Nem toda pessoa com ostomia é ligada a uma associação e muitos até escondem essa condição por vergonha ou medo de perder o emprego”, lamenta Candida. Ela defende que é preciso levantar os dados da rede pública e privada.

» Para mais informações, entre em contato com a Associação dos Ostomizados de Brasília, nos telefones (61) 8110-3443 ou 8426-6603. O grupo tem reuniões toda primeira sexta-feira do mês, exceto em feriados ou próximo deles, quando os encontros são transferidos para a sexta-feira da semana seguinte.

Leia aqui
A cartilha Mulher com ostomia — você é capaz de manter o encanto, de Damaris Morais:

SENADO APROVA LEI PARA BENEFICIAR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

 




SUBSTITUTIVO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 4, DE 2015, AO PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 6, DE 2003
(PROJETO DE LEI Nº 7.699, DE 2006, NA CÂMARA DOS DEPUTADOS)

Dispõe sobre o Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei Brasileira da Inclusão.

CLIQUE AQUI PARA VER NA ÍNTEGRA A LEI APROVADA SOBRE OS BENEFÍCIOS PARA AS PESSOAS COM DEFIC IÊNCIA

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COMO CONTROLAR A DOENÇAS DE CROHN COM DIETA.


 Control Crohn's Disease with Diet Step 13.jpg

A doença de Crohn causa inflamação no intestino, onde ocorre uma reação auto-imune na parede intestinal. Como é relacionada ao intestino, é normal que as pessoas questionem qual o papel dos alimentos no processo da doença. Surpreendentemente, o processo da doença é inteiramente inflamatório, então a dieta não contribui na causa do problema, porém tem um grande papel na digestão e absorção de nutrientes e, então, pode influenciar os sintomas da doença.
 

CONFIRA COMO FOI A REUNIÃO DE JUNHO DA ASSOCIAÇÃO DOS OSTOMIZADOS DE BRASÍLIA!!

No dia 12 de junho de 2015 tivemos a oportunidade de mais uma vez participarmos da nossa reunião mensal, onde passamos uma manhã alegre, descontraída, leve e de grande aprendizado. Recebemos muitos colegas ostomizados que foram pela primeira vez conhecer sua associação. Sejam todos muito bem vindos ao nosso grupo. Também recebemos familiares, amigos, ex-ostomizados e nossos grandes parceiros da Coloplast, Hollister e Convatec e a representante Juliana da Secretaria de Saúde, a qual nos prestou esclarecimentos sobre o atraso no processo de distribuição de bolsas e materiais adjuvantes. Nos afirmou que em breve todos os polos (hospitais regionais) estarão abastecidos. Recebemos também nossas grandes parceiras Ana Lúcia (estomaterapeuta), Prof. Ivone e seus alunos, que abrilhantou nossa reunião com uma pequena homenagem sobre a História da Associação que no  dia 05 de junho completou 23 anos. Agradecemos de coração a todos que foram prestigiar nossa reunião. 

Confira nos links abaixo desta postagem um sumário contendo um Histórico da AOSB e fotos de eventos passados.

Nilza de Fátima Fonseca
Presidente da AOSB
 

 



 

 

 




quinta-feira, 11 de junho de 2015

APROVADA EM 10/06/2015, NO SENADO FEDERAL, LEI QUE AMPLIARÁ BENEFÍCIOS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA.




 Senado aprova lei que dá mais direitos às pessoas com deficiência
Texto proíbe escolas de cobrarem mensalidade maior para deficientes. 
Senador Romário se emocionou ao ler relatório em plenário.

O Senado aprovou nesta quarta-feira (10) o projeto conhecido como "Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência", que prevê garantias e direitos às pessoas com deficiência. Com a aprovação do projeto de lei, a matéria segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
O projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado no Senado em 2006 e foi enviado para análise da Câmara, sob relatoria da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), portadora de deficiência física. Como sofreu alterações naquela Casa, teve de ser novamente aprovado pelo Senado e foi relatado pelo senador Romário (PSB-RJ). 
 
Durante a leitura do relatório, o senador se emocionou ao falar de sua filha Ivy, de dez anos, que é portadora de Síndrome de Down. Com lágrimas nos olhos, Romário disse que a aprovação do projeto é uma "vitória".
"Vitória essa que não é do Romário, pai ad Ivy. Que não é do Romário senador. É uma vitória do Romário ser humano, daquele Romário que conhece e sabe o que é realmente a necessidade dessas pessoas", afirmou.
"Hoje é a chance de a gente definitivamente se redimir de tudo de ruim, negativo que vem acontecendo com essas pessoas", concluiu o senador, sob aplausos dos senadores e das pessoas que acompanhavam a sessão nas galerias.
Pelo texto, fica classificada como pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem obstruir a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Entre os pontos aprovados no projeto estão a criação de um "auxílio-inclusão", que consiste em uma renda auxiliar para o trabalhador portador de deficiência. A renda extra passará a ser paga no momento da admissão do trabalhador. Atualmente, existe um benefício, chamado de Benefício da Prestação Continuada, que a pessoa com deficiência deixa de recebê-lo ao ser admitida. Para virar realidade, o pagamento da verba ainda dependerá da aprovação de outra lei regulamentando os critérios e o valor do auxílio.
Com a aprovação do projeto, as escolas privadas ficam proibidas de cobrarem mensalidades maiores para alunos com algum tipo de deficiência. Também foi aprovada a obrigação de o poder público incentivar e fomentar a publicação de livros acessíveis pelas editoras brasileiras.
A nova lei também assegura que as pessoas com deficiência podem votar e ser votadas, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. O projeto prevê a possibilidade de a pessoa com deficiência ser acompanhada na cabine durante o voto e a adaptação dos locais de votação aos diversos tipos de deficiência. Também são assegurados aos portadores de deficiência a garantia de participação em programas eleitorais. No exercício de cargo público, a pessoa terá assegurado o uso de tecnologias apropriadas, quando necessário.
O projeto aprovado pelos senadores também permite que pessoas com deficiência intelectual casem legalmente, além de formarem união estável. O projeto permite que Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seja utilizado para a compra de órteses e próteses.
O texto também estabelece diversas cotas mínimas para deficientes: 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos; 2% das vagas em estacionamentos; 10% dos carros das frotas de táxi devem ser adaptados; 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis deverão estar adaptados para motoristas com deficiência; e 10% dos computadores de “lan houses” deverão ter recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual.
 Matéria retirada do site globo.com
 
PALAVRAS DA DEPUTADA MARA GABRILLI, EM SEU FACE BOOK,  SOBRE A APROVAÇÃO DO PROJETO NO SENADO:

"Muito trabalho e uma satisfação enorme em vê-lo concretizado.
Na noite de ontem o Senado Federal aprovou por unanimidade o projeto que cria a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência. No Senado o PL, que relatei na Câmara, teve relatoria do senador Romário Faria, a quem parabenizo e agradeço pela constante luta em prol da nossa causa. Agradeço também ao Senador Paulo Paim, que também vem trabalhando na cobrança de direitos e respeito às pessoas com deficiência.

Posso dizer que isso é o fruto da participação de toda a sociedade que contribuiu para que o projeto recebesse sugestões e chegasse ao texto que conseguimos aprovar no Congresso. Isso só reforça a minha vontade de continuar trabalhando por mais dignidade a esses quase 50 milhões de brasileiros que passarão a não mais ficar invisíveis."

Descrição da imagem para cego ver: Mara está entre os senadores Romário e Paulo Paim. Ao lado de Paulo está a senadora Fátima Bezerra aplaudindo. À frente de todos está Patrick Pires, sentado em sua cadeira motorizada.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

REUNIÃO DA AOSB DE JUNHO


Olá amigos Associados!! Vamos comemorar o aniversário de 23 anos da nossa Associação?

Data: 12 de junho 
Horário: 08:00 horas.
Local: Auditório 01, Hospital Universitário de Brasília (HUB), 605 Norte, L2 Norte.

Contaremos com as presenças ilustres da Senhora Ana Lúcia da Silva (Estomaterapeuta  do HUB); da Professora Ivone Camada (da UNB); e da Senhora Juliana (da Secretaria da Saúde). 
As Senhoras Ana Lúcia e Ivone falarão um pouco sobre a criação e história da  AOSB; por sua vez a Senhora Juliana falará sobre como está atualmente e como se processa toda a distribuição de materiais para os Ostomizados pelo SUS.

Após  as citadas apresentações e informações, teremos nosso habitual e delicioso Coffe Break.

Aguardaremos ansiosos a presença de todos!!

A Diretoria.


*Visitem nosso Face Book Ostomizados de Brasília 
Declaração dos Direitos dos Ostomizados

Esta Declaração dos Direitos dos Ostomizados apresenta as necessidades especiais desse grupo específico e os cuidados que eles requerem. Eles precisam receber as informações e cuidados que os capacitem a viver uma vida autônoma e independente e participar de todos os processos decisórios.
É o objetivo declarado da Associação Internacional de Ostomizados que essa Declaração de Direitos seja reconhecida em todos os países do mundo.
O ostomizado deve:
1. Receber aconselhamento pré-operatório para assegurar que ele tenha pleno conhecimento dos benefícios da cirurgia e dos fatos essenciais sobre viver com um ostoma.
2. Ter um ostoma bem feito e bem localizado, com consideração integral e adequada ao conforto do paciente.
3. Receber apoio médico e profissional experiente e cuidados de
enfermagem especializada em ostomas nos períodos pré e pós operatório, tanto no hospital como na sua comunidade.
4. Receber apoio e informação para o benefício da família, cuidadores e amigos, a fim de aumentar o entendimento sobre as condições e adaptações que são necessárias para se alcançar um padrão de vida satisfatório com um ostoma.
5. Receber informações completas e imparciais sobre todos os
fornecimentos e produtos relevantes disponíveis em seu país
6. Ter acesso irrestrito à variedade de produtos acessíveis para
ostomia.
7. Receber informações sobre sua Associação Nacional de Ostomizados e os serviços e apoio que podem ser oferecidos.
8. Estar protegido de toda e qualquer forma de discriminação.
9. Estar seguro de que toda informação pessoal relacionada à sua cirurgia de ostomia será tratada com discrição e confidencialidade para manter sua privacidade; e que nenhuma informação sobre sua condição clínica será divulgada por qualquer pessoa que a possua, para entidades envolvidas com a
fabricação, comércio ou distribuição de materiais relacionados à ostomia; nem poderá ser divulgada para qualquer pessoa que se beneficiará, direta ou indiretamente, por causa de sua relação com o mercado de produtos de ostomia, sem o consentimento expresso do ostomizado.

Emitido pelo Comitê de Coordenação da IOA em junho de 1993
Revisado em junho de 1997
Revisado pelo Conselho Mundial em 2004 e 2007.


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