quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

3 DE DEZEMBRO DE 2014 - DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.


O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência comemora-se anualmente a 3 de dezembro. Esta celebração realiza-se desde 1998, ano em que a Organização das Nações Unidas avançou com a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência.

A data tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e a mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas.

Cada ano, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, tem um tema específico, que pauta as atividades e eventos deste dia. A realização de concursos (de cartazes ou frases) é um exemplo de atividades levadas a cabo neste dia, com o fim de consciencializar a população da importância da integração das pessoas portadoras de deficiência na sociedade.  
Câmara Federal Realiza Sessão Solene Pelo Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência




A solenidade contou com a presença de 300 convidados entre representantes do governo federal, sociedade civil e parlamentares. A luta para trazer para a prática as leis brasileiras pela acessibilidade e internalizar no cotidiano da sociedade a cultura de equiparação de oportunidades e igualdade, foram os pontos principais que marcaram a sessão solene que homenageou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, na manhã desta quarta-feira (3), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Realizada a pedido da deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), a solenidade contou com a presença de 300 convidados entre representantes do governo federal, sociedade civil e parlamentares, no auditório Nereu Ramos.
O Secretário Executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Claudinei Nascimento, afirmou que a legislação brasileira figura entre as mais avançadas do mundo em relação à promoção dos direitos das pessoas com deficiência e que o país passa por um momento em que governo e sociedade estão empenhados em consolidar uma transformação social.
“Precisamos transformar em realidade tudo o que existe em legislação. Essa transformação precisa acontecer no município, na escola, nos espaços privados ou onde mais pudermos divulgar esta cultura inclusiva. Estamos conseguindo muitos avanços. Legislação sem a prática é apenas tinta no papel", disse Claudinei.

Avanços do Viver sem Limite - O secretario nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), considerou o final do ano de 2014 como o fechamento de um ciclo de políticas e avanços com o plano Viver sem Limite.
“Pela primeira vez na história deste país tivemos o tema das pessoas com deficiência na agenda prioritária da presidência da República, e foi a partir do Plano Viver sem Limite de 2011, que tivemos a possibilidade de ter políticas públicas articuladas em 15 ministérios, impulsionadas pelos compromissos internacionais que o Brasil assinou e a ratificação da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU como emenda constitucional”, reiterou o secretário.

Além de enumerar realizações pela acessibilidade na Educação, Saúde e Ferreira falou sobre o processo de evolução de temas como a acessibilidade do transporte público e as mediações realizadas entre instâncias de governo, sociedade civil e iniciativa privada na busca pela acessibilidade plena nos transportes. “Não temos transporte acessível em 100% do país, mas foi a partir do Decreto nº 5296/2004 que se estabeleceu um prazo de dez anos que garante que hoje tenhamos mais transportes acessíveis do que e 2004”, comentou o secretário, citando que em muitas cidades a frota chega a 80%, além do feito de cidades como Joinville, Goiânia, Campinas e Uberlândia que alcançaram 100%.
“Garantimos que desde 2008 os ônibus saem do parque de indústrias com acessibilidade, então é natural que na medida em que a frota antiga saia de circulação, os ônibus acessíveis cheguem a 100% da frota”, o secretário disse ainda que o ônibus de piso baixo, que dispensa os elevadores, serão um passo seguinte assim que os projetos estejam viáveis e disponíveis à produção industrial.

Além da deputada federal, Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), estiveram presentes na mesa diretora o deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG), ambos membros da Frente Parlamentar das Pessoas com Deficiência, e o vice-presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência, Waldir Macieira.

Lançadas convenção comentada e cartilha - Durante a sessão, a SDH/PR lançou a versão comentada da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, que reúne a visão de 43 especialistas sobre os 50 artigos da Convenção, analisando as barreiras, os desafios e as conquistas do segmento.
“O objetivo foi compor um livro que pudesse espelhar sobretudo a voz da sociedade civil. A convenção é importantíssima para a educação inclusiva, com escolas acessíveis e para mostrar que as restrições não estão nas pessoas, que as deficiências estão no entorno, nas barreiras arquitetônicas e atitudinais”, afirmou Waldir Macieira, que foi um dos organizadores da publicação.

A assessora internacional e co-fundadora do Movimento Down, Christiane Aquino Bonomo, lançou a cartilha Escola para Todos, elaborada pelo Movimento Down. A publicação tem o objetivo de informar as famílias das pessoas com deficiência sobre o direito de matricular seus filhos com Síndrome de Down nas escolas, além de orientar o exercício deste direito.
 
Matéria divulgada pela Assessoria de Comunicação Social www.sdh.gov.br https://www.facebook.com/direitoshumanosbrasil

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Declaração dos Direitos dos Ostomizados

Esta Declaração dos Direitos dos Ostomizados apresenta as necessidades especiais desse grupo específico e os cuidados que eles requerem. Eles precisam receber as informações e cuidados que os capacitem a viver uma vida autônoma e independente e participar de todos os processos decisórios.
É o objetivo declarado da Associação Internacional de Ostomizados que essa Declaração de Direitos seja reconhecida em todos os países do mundo.
O ostomizado deve:
1. Receber aconselhamento pré-operatório para assegurar que ele tenha pleno conhecimento dos benefícios da cirurgia e dos fatos essenciais sobre viver com um ostoma.
2. Ter um ostoma bem feito e bem localizado, com consideração integral e adequada ao conforto do paciente.
3. Receber apoio médico e profissional experiente e cuidados de
enfermagem especializada em ostomas nos períodos pré e pós operatório, tanto no hospital como na sua comunidade.
4. Receber apoio e informação para o benefício da família, cuidadores e amigos, a fim de aumentar o entendimento sobre as condições e adaptações que são necessárias para se alcançar um padrão de vida satisfatório com um ostoma.
5. Receber informações completas e imparciais sobre todos os
fornecimentos e produtos relevantes disponíveis em seu país
6. Ter acesso irrestrito à variedade de produtos acessíveis para
ostomia.
7. Receber informações sobre sua Associação Nacional de Ostomizados e os serviços e apoio que podem ser oferecidos.
8. Estar protegido de toda e qualquer forma de discriminação.
9. Estar seguro de que toda informação pessoal relacionada à sua cirurgia de ostomia será tratada com discrição e confidencialidade para manter sua privacidade; e que nenhuma informação sobre sua condição clínica será divulgada por qualquer pessoa que a possua, para entidades envolvidas com a
fabricação, comércio ou distribuição de materiais relacionados à ostomia; nem poderá ser divulgada para qualquer pessoa que se beneficiará, direta ou indiretamente, por causa de sua relação com o mercado de produtos de ostomia, sem o consentimento expresso do ostomizado.

Emitido pelo Comitê de Coordenação da IOA em junho de 1993
Revisado em junho de 1997
Revisado pelo Conselho Mundial em 2004 e 2007.